“Independente dos esforços do time, você é o único responsável pelos seus resultados.” (João Paulo Crestani)
A reflexão de hoje é sobre duas palavrinhas que estão bastante em moda: vitimização e autorresponsabilidade. Te convido a pensar um pouco mais comigo a respeito delas e de como elas impactam a minha e a tua vida diretamente.
Vamos imaginar a cena: O goleiro está prestes a defender a bola ofensiva do time atacante que vem contra sua área. O adversário chuta, a bola passa por entre as suas pernas. De quem é a culpa? “-Dessa defesa que não me ajuda em nada!! Tudo sou eu nesse time!” O quanto ele está Certo? O quanto ele está errado? É fácil julgar a atitude dele num exemplo tão simples… mas… como tem sido com a sua vida? Como tem sido com os teus resultados?
Pare um pouco e pense nessas perguntas...
Uma pessoa imatura emocionalmente é aquela que se vê como uma vítima das circunstâncias: “eu não consigo emagrecer porque meu marido não me ajuda na dieta”; “não tenho trabalho porque o país está em crise” (quando foi mesmo que o Brasil não esteve em crise??); “não tenho sorte nos relacionamentos, toda vez que acho que encontrei a pessoa certa, no fim, é um mau caráter”… E os exemplos poderiam encher várias páginas. A atitude de quem se vitimiza é tirar de si toda a responsabilidade pelos seus resultados, afinal, é muito mais fácil culpar outro do que assumir o controle e fazer mudanças.
Como a vitimização é uma velha conhecida de todos nós, não vou nem perder tempo falando dela, vamos falar da sua “rival” que é quem nos interessa de verdade: A autorresponsabilidade. O conceito tem sido difundido pelo Dr Paulo Vieira em alguns dos seus livros e, que, segundo ele, salvou a sua vida. Particularmente, posso dizer que tem salvo a minha também. O primeiro contato que tive com o conceito de assumir responsabilidade por tudo o que acontece comigo foi no livro “As sete leis espirituais do Sucesso” - Deepak Chopra (recomendo muito a leitura!).
Para Chopra, O sucesso está baseado em 7 leis espirituais que, se seguidas, te levarão a conquistar tudo o que desejar. Na quarta dessas leis, a lei do mínimo esforço, ele afirma que a energia no universo flui de maneira natural, sem esforços ou barreiras. Para entender isso, basta observarmos a natureza: todos os seres vivos interagem instintivamente uns com os outros, cada um cumprindo seu papel sem preocupar-se com o papel do outro. Logo, segundo a lei do mínimo esforço, para conseguir responsabilizar-se por alguma coisa, preciso primeiro aceitar aquilo como é. Isso significa que se eu estou diante de um resultado que me desagrada (seja sobrepeso, uma reprovação, desemprego, um relacionamento abusivo), antes de tomar qualquer atitude para mudar, é preciso aceitar que as coisas são como são. Aceitar que de alguma forma fui eu quem causei a situação desagradável e o que está feito está feito.
Em seguida, “Aceitando a circunstância, o fato, o problema como se apresenta no momento, a responsabilidade passa a ser a capacidade de ter uma resposta criativa para aquela situação como ela se apresenta no momento. Todos os problemas contêm em si sementes de oportunidade. A consciência disso permite transformar esse momento numa situação ou em algo melhor”.
Baseado nisso, eu posso afirmar que uma pessoa que não sabe estar satisfeita com o que tem em mãos e que não agradece pelas suas conquistas, por piores que sejam, não tem a capacidade de se tornar autorresponsável. Em outras palavras, vitimização e autorresponsabilidade são comportamentos totalmente opostos que NUNCA ocupam o mesmo lugar.
O que quero dizer com isso?
É muito simples: se você deseja qualquer tipo de mudança ou melhora na sua vida pessoal, profissional ou nos seus relacionamentos, acabe de vez com a vitimização. Não entregue ao outro o poder de determinar o que acontece com a sua vida. A única possibilidade de mudança ou melhora de vida é assumir de vez a responsabilidade por tudo o que você sente, pensa, faz e, consequentemente, seus resultados. Esse é o primeiro passo para a alta performance profissional. É o primeiro passo para plenitude de vida. Primeiro passo para uma vida espiritual profunda e frutífera, para relacionamentos produtivos, para vidas abundantes e prósperas.
Claro que não estou falando que se trata de uma coisa simples e que, basta uma decisão que tudo muda. É preciso perseverar no caminho da autorresponsabilidade. Um hábito leva um tempo para ser mudado, mas é totalmente possível mudá-lo. Com perseverança e com a ajuda correta, você consegue tirar todo o figurino e as máscaras de uma vítima e assume o verdadeiro papel da sua vida: de líder de si mesmo, de realizador e comandante do seu próprio navio.